terça-feira, 25 de novembro de 2008
Ter tantos números na sua agenda do celular, mas não saber pra quem ligar...
Querer muito um abraço, mas não ter ninguém pra abraçar!
É estranho você se dedicar, lutar e no fim das contas ser vencido por tudo e todos.
Dizem que o pior é nunca ter tentando, mas será que o melhor não é saber que se não tivesse tantado, não teria corrido o risco de se magoar ainda mais?
Na realidade, hoje eu só quero esquecer as grosserias...conseguir fechar meus olhos sem culpa... sem medo.
Hoje eu quero apagar o que eu ouvi...
Apagar o que eu falei... Nenhum ser humano deve magoar ninguém, e as palavras ditas essas nunca retornarão...
As palavras ouvidas, aquelas que cortam nossa alma, como dóem... como sangram nosso orgulho, nossa vontade...
Hoje eu só quero esquecer, que um dia eu sofri tanto quanto agora!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Mas mesmo assim, você percebe que teria sido melhor se não tivesse dormido, se não tivesse caido em sono profundo e leve...já que quando acordou, nada do que imaginou havia melhorado, nada do que pensara havia sido mudado... nenhuma gota havia secado.
Me olho no espelho e não sei mais quem sou...
Às vezes, tantas pessoas e dias/nenhuma/só.
Há dias, escolhas... entre dias: ninguém.
Vou voltar ao meu mundo cor de rosa, onde eu não preciso mais chorar, pois no meu mundo lágrimas de sofrimento não existem.
Eu, hein? ... Nem morta
Luiz Fernando Veríssimo
O que faz bem pra minha saúde?
Luiz Fernando Veríssimo
Paquerar é bom...
Luiz Fernando Veríssimo
A FELICIDADE PODE DEMORAR
"Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado. Às vezes nos falta esperança. Às vezes o amor nos machuca profundamente,e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa. Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar...é nossa razão de existir. Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino. Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa. Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um pôr do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto. É a força da natureza nos chamando para a vida. Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade. Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo. Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo, e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram... Descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez. E agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado. Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu, são fatoresimportantes: a relação com a família, as condições econômicas nas quais se desenvolveu. (dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter), os relacionamentos anteriorese as razões do rompimento, seus sonhos, ideais e objetivos. Não deixe de acreditar no amor. Mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguémque dê valor aos mesmos sentimentos que você dá. Manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam. E certifique-se de quequando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra.Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoate deixar, então nada irá lhe restar. Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco. Pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será aindamais intenso, do que teria sido no passado. Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário. Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo. A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna. A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem..."
Luiz Fernando Veríssimo
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Cantiga para não morrer
Ferreira Gullar
Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O amor acaba...
Espero que gostem!!!
O amor acaba
Paulo Mendes Campos
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
11.11.2008
Pois é, esses dias escutei alguém comentando sobre isso ai, mas eu ainda não tenho opinião formada, talvez por nunca ter me apaixonado verdadeiramente, mas espera aí! Me apaixonado verdadeiramente? Mas isso ai já leva a pensar sobre o amor...Ah o amor!
Sobre isto prefiro não me aprofundar, não porque eu não tenha uma opinião concisa em relação ao sentimento que é, mas por não querer mostrar muito de mim... sim sim prefiro me esconder, é meu meio de resistência!
Voltando à paixão: Ouvi falar que quando você está apaixonado o mundo torna-se colorido e as pessoas perdem o chão.
Mas calma ai, se perder o chão e o mundo ter cor é sinal de paixão, isso quer dizer que a arara é um foco, pois ela voa (perde o chão) e ela é colorida (algumas vermelhas e azuis, outras verdes, azuis e amarelas).
Não consigo entender muito bem isto, às vezes penso que as pessoas não se expressam precisamente, essas definições sempre são vagas, talvez por isto não tenho uma opinião tão evidente e lógica.
Mas quanto ao analfabetismo funcional, ai sim tenho minha opinião formadinha e quadradinha, e é bem interessante, mas não vem ao caso... não neste caso!
Coisas pro orkut!
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
O primeiro...
Como me inspiras tu, por mim sempre invocado.
Mas não só pra mim és fonte de poesia;
Outros estros já tens certamente inspirado.
Teus olhos, que a cantar ensinam até o mudo,
E em olímpicos vôos excelsam a ignorância,
Às asas do saber ajuntam penas - tudo,
No poeta, transformando em graça e rutilância.
Orgulhem-te, portanto, os versos que burilo:
Nascem todos de ti, são todos de tua alma.
Em versos de outros não influis senão estilo,
Dando-lhes da beleza externa a graça e a palma.
Para mim, és toda arte, és tudo, e as minhas rimas,
Tu só, alçando-me a rude ignorância, as sublimas."
(Do querido e amigo escritor Thiago Zardo)
15.10.2008
O terceiro...
Com que meu coração pões em constante alarme.
Não me ofendas com o olhar, ofende-me com a língua;
Com ela podes num só golpe assassina-me:
Dize-me que amas outro. Ante mim, no entretanto,
Não deixes teu olhar ir em pós de outra presa.
Por que me hás de ferir com astúcia, se tens tanto
Valor quanta humildade há na minha defesa?
Mas eu te exculpo, meu amor: sabes, decerto,
Que o teu olhar gentil me vem sendo inimigo;
Desviando-o de mim, põe-me dele a coberto
E outros fazes ficar alvo de tal perigo.
Mas não insistas nisso,oh, não! Que venha a morte,
De pronto, em teu olhar, findar-me a triste sorte."
(Do querido e amigo escritor Thiago Zardo)
31.10.2008
O segundo...
Jura à tua alma cega, que eu sou o Desejo.
E o Desejo, em ti, tua alma o sabe, tem entrada.
De galantear-te, assim, dar-me-ás fácil ensejo.
De mim (que sou o Desejo) e outros desejos, cheia
Fique tua alma, enquanto eu, um desejo somente...
Nas grandes multidões – vem de pronto esta idéia –
Cada unidade passa imperceptivelmente.
Permite-me ficar na multidão. Inviso,
Só na soma influirei com a minha unidade.
Considera-me nada; eu bendirei teu juízo,
Se, nada, vier a ser, ainda, algo que te agrade.
Que ames tão-só meu nome, eis o que mais almejo;
Amando-o, me hás de amar, se o meu nome é Desejo."
(Do querido e amigo escritor Thiago Zardo)
17.10.2008
Saudade

Que saudades dessas pessoas tão queridas que o destino me fez não querer esquecer jamais!
Saudade também da costela assada ao molho de alho, do capuccino de R$7,00...das dores nas pernas de tanto caminhar sem direção, do banho de 15 minutos, da cama dura...do Cais do Porto. Ah que saudade dos cochilos no Mamau e do Henrique (rs) Que saudade da Dani, Laide, Pati e Fabrício...
Mas é a vida...a saudade sempre fica!
Café com leite
Diz muita coisa e quero compartilhá-lo.
Super Beijos
Deli
Café com leite
Antônio Maria
"É preciso amar, sabe? Ter-se uma mulher a quem se chegue, como o barco fatigado à sua enseada de retorno. O corpo lasso e confortável, de noite pede um cais. A mulher a quem se chega, exausto e, com a força do cansaço, dá-se o espiritualíssimo amor do corpo.Como deve ser triste a vida dos homens que têm mulheres de tarde, em apartamentos de chaves emprestadas, nos lençóis dos outros! Como é possível deixar que a pela da amada toque os lençóis dos outros? Quem assim procede (o tom é bíblico e verdadeiro) divide a mulher com o que empresta as chaves.Para os chamados "grandes homens" a mulher é sempre uma aventura. De tarde, sempre. Aquela mulher que chega se desculpando; e se despe, com todo desgosto, enquanto dura o compromisso. É melhor ser-se um "pequeno homem".Amor não tem nada a ver com essas coisas. Amor não é de tarde, a não ser em alguns dias santos. Só é legítimo quando, depois, se pega no sono. E há um complemento venturoso, do qual alguns se descuidam. O café com leite, de manhã. O lento café com leite dos amantes, com a satisfação do dever cumprido.No mais, tudo é menor. O socialismo, a astrofísica, a especulação imobiliária, a ioga, todo o asceticismo da ioga... Tudo é menor. O homem só tem duas missões importantes: amar e escrever à máquina. Escrever com dois dedos e amar com a vida inteira."
Gostaram?
Eu adorei!