Oi gente, hoje recebi mais um e-mail falando sobre os professores, uma profissão tão linda e tão desvalorizada, quero que leiam atentamente e tirem suas conclusões.
Reprodução do texto de Almirene Sant Anna, graduada em Letras com especialização em Lígua Portuguesa e Psicopedagogia:

Não seja professor!!
O Ministério da Educação, por intermédio de um dos meios de comunicação mais poderoso, tem veiculado uma propaganda convidando os cidadãos brasileiros a serem professores; ele tenta convencer o telespectador de que essa profissão é uma das melhores do mundo, esquecendo que numa pesquisa nacional realizada há alguns meses, o professor era o quinto profissional mais confiável, atrás - pasmem!- dos advogados. Então, por que ser professor se tornou agora tão especial? Está faltando esse profissional no mercado? Por que será?
Respondendo a esses questionamentos, eu digo:
Não seja professor:
- esse profissional perdeu a credibilidade de toda a sociedade;
- os empregadores desse profissional não têm o menor respeito por ele, deixam-no amedrontado para lutar pelos seus direitos, acreditando que se fizerem isso terão seu salário cortado, suas férias interrompidas, sua moral em baixa;
- as condições de trabalho desse profissional são as piores possíveis, quando ele tem o material não sabe utilizá-lo, pois não recebeu treinamento para isso e quando sabe, não o tem;
- ele é vítima do aluno, vítima da comunidade, vítima dos pais dos alunos que não acreditam em seu poder nem em sua autonomia para tomar decisões;

- os empregadores desse profissional não têm o menor respeito por ele, deixam-no amedrontado para lutar pelos seus direitos, acreditando que se fizerem isso terão seu salário cortado, suas férias interrompidas, sua moral em baixa;
- as condições de trabalho desse profissional são as piores possíveis, quando ele tem o material não sabe utilizá-lo, pois não recebeu treinamento para isso e quando sabe, não o tem;
- ele é vítima do aluno, vítima da comunidade, vítima dos pais dos alunos que não acreditam em seu poder nem em sua autonomia para tomar decisões;
- o salário desse profissional em início de carreira é vergonhoso e para o que já tem algum tempo de serviço é desanimador;
- para que esse profissional tenha uma vida decente e possa usufruir de um mínimo de conforto, precisa usar o limite do cartão de crédito ou tomar empréstimo consignado, comprometendo ainda mais o salário injusto;
- para que esse profissional tenha uma vida decente e possa usufruir de um mínimo de conforto, precisa usar o limite do cartão de crédito ou tomar empréstimo consignado, comprometendo ainda mais o salário injusto;
- a falta de funcionários de apoio e de segurança deixam esse profissional a mercê de todo tipo de indivíduos: armados, drogados, mal-intencionados;
- a carga horária desse profissional, para o tipo de trabalho que exigem dele, é extenuante;
- apesar das propagandas falando sobre a qualidade da educação, o que os governantes querem é quantidade: excesso de alunos em sala de aula e sendo aprovados sem ter conhecimento;
- a família transferiu para o professor a tarefa de educar, aconselhar, transmitir valores, cuidar da saúde física e psíquica, ou seja, o professor não é mais o mediador do conhecimento;
- é sua culpa quando o aluno não aprende, mas não é mérito seu quando ele entra na universidade, o mérito é do “cursinho”;
- ele não tem vida própria, vive em função dos que ditam as leis comportamentais, que só são punitivas se o profissional for PROFESSOR;
- esse profissional está longe de ser a profissão mais valorizada em nosso país, porque dele tiraram toda a dignidade, o prazer de ensinar, o valor, o respeito, a moral e a perspectiva de um mundo melhor;
- apenas o professor universitário (difícil tornar-se um!) ainda goza de certo prestígio na sociedade e, mesmo assim, tem quase todas as razões acima para reclamar.
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Edelise Gabardo